Geralmente as pessoas respondem: “nenhum, nem outro, sou realista”; e, na verdade, todo mundo se considera “realista”. A ideia comum é que o otimista é ingênuo, pois acredita que as coisas serão melhores; já o pessimista geralmente se considera “realista” por ter coragem de esperar o pior; outros ainda se veem como “neutros” e preferem não ter expectativas para não se frustrarem.
Com qual desses você mais se identifica?
Notou que todas essas visões parecem favorecer o pessimismo?
O equívoco dessas visões é que elas se concentram nas circunstâncias que virão, e não propriamente na atitude mental de quem espera.
Daniel Goleman, em seu livro “Inteligência Emocional”, traz um conceito muito mais interessante e prática sobre otimismo e pessimismo. Segundo ele, a tendência do otimista é agir de forma ativa, perguntando-se pelo que deu errado, formulando um plano de ação, ou buscando ajuda pra mudar ou melhorar o que for preciso para a próxima tentativa. Ou seja, ele vê o fracasso como devido a algo que pode ser mudado e trabalhado. Suas perguntas são: “O que deu errado? O que posso fazer pra dar certo?”; já o pessimista tende a atribuir o fracasso a si mesmo, a alguma característica pessoal sua, que não pode ser mudada, como um fardo que sempre terá que carregar e, assim, crê que não há nada que possa fazer em relação ao problema, a não ser desistir ou baixar as expectativas nas próximas tentativas. Suas afirmações são: “Eu não tenho jeito mesmo”. “Não há nada que eu possa fazer.”
Assim, vemos que as atitudes pessimistas ou realistas não estão nas circunstâncias esperadas, mas nas atitudes que serão tomadas em relação a elas. Você não tem poder sobre todas as circunstâncias e, especialmente, sobre os imprevistos, mas tem sobre suas atitudes em relação a eles. Esse é o ponto.
Sabendo disso, lhe pergunto novamente: você é otimista ou pessimista?
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